Porque é preciso ser

Me pego muitas vezes pensando naquilo que é mais benevolente - ser exército da sociedade, a não me conter em virar em direção contrária e sair? Simplesmente sair, sem dizer nada. Parece haver uma carência de criatividade quando as pessoas têm a aceitar tudo o que lhes é imposto, apresentado, opinado. Irrita-me quando sei que a resposta, diante de um fato novo, é sempre a mesma, de concordância, ou por fazer parte da opinião do outro – situação - ou por achar que sua posição não terá um efeito controverso, satisfatório, que no mínimo possa contribuir para si. Assim, vão se emoldurando as pessoas fustigadas pela vida, pelo vazio que construíram, sem complementos, porque elas não conseguem caminhar por suas escolhas. Precisam, para isso, mostrar quem não são e geralmentre pouco se importam com a sua natureza, de onde vieram e muito pouco sabem para onde vão. Querem estar por estar, ficar por ficar, partir por partir. Não dimensionam sua vida com sua própria existência, nem com a dos outros. Preferem crer no materialismo do corpo do que na força da alma, do coração. Assim, vão se construindo os zumbis da “contemporaneidade” sedentos por sangue, lágrimas e dor. Porém, eu sigo minha vida, à frente, pela vontade única de amá-la, contra a paralisia social. Vou conquistando um novo espaço, deixado para trás. E parafraseando Shakespeare, "não sigo todas as regras da sociedade".

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